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OPEP e Rússia pressionam por corte de produção nos EUA


OPEP e Rússia pressionam por corte de produção nos EUA OPEP e Rússia pressionam por corte de produção nos EUA

Arábia Saudita e Rússia tentam atrair os produtores americanos para a negociação de cortes de produção de petróleo, reflexo das motivações da guerra de preços iniciada em março: enquanto o grupo OPEP+, com os russos, assinava acordos para controlar a oferta, produtores nos EUA levavam o país a se tornar exportador líquido de óleo.

O fórum de discussão com os EUA poderá ser o G20, que se reúne para tratar do combate à pandemia, novamente, na sexta (10), enquanto o presidente Donald Trump demonstra resistências para uma negociação direta com membros do OPEP+, afirmaram diplomatas à Bloomberg.

O ministro iraquiano Thamir Ghadhban reforçou que um novo pacto global para conter a sobreoferta de óleo deve ser sustentado por EUA, Canadá e Noruega. Iraque é o segundo maior produtor da OPEP.

Trump, por sua vez, ameaça retaliar com o fechamento do mercado americano. O Canadá estuda a mesma estratégia, mas a Noruega considera participar de um esforço internacional amplo para reequilibrar o mercado de petróleo.

“Se eu precisar impor taxas sobre o petróleo vindo de fora ou se eu tiver que fazer algo para proteger dezenas de milhares de trabalhadores da [indústria de] energia e nossas grandes empresas, que produzem todos esses empregos, farei o que for preciso”, afirmou o presidente americano, no sábado (4).

Um obstáculo são as leis contra práticas anticoncorrenciais vigentes nos países ocidentais. “Para os Estados Unidos, a legislação antitruste impede uma colaboração entre produtores para ajustar o suprimento e afetar o mercado”, afirmou o vice-presidente da IHS Markit, Carlos Pascual, ao Valor.

A consultoria antevê uma queda na produção americana de 2,9 milhões de barris/dia em 2020, por efeito da crise que combina os efeitos da pandemia na demanda e o racha no acordo para cortes de produção.

Nesta segunda (6/4), o CEO do fundo soberano russo (RDIF), Kirill Dmitriev afirmou que um novo acordo “está muito, muito próximo”, desde que os produtores americanos participem.
“Acredito que [é papel] de Rússia, Arábia Saudita, EUA, de outros países, que precisam intervir para estabilizar os mercados e trazer estabilidade ao mundo, que está prestes a ver, provavelmente, a maior recessão de todos os tempos”, afirmou Dmitriev.

Semana passada os preços dispararam após Trump anunciar um acordo para corte de 10 milhões de barris/dia. O OPEP+ promete se reunir na quinta (9/4), após adiamento da primeira reunião marcada na semana passada.

Os futuros do Brent são negociados nesta segunda (6/4) acima de US$ 30, mas em queda de cerca de 3%. Preços dos contratos com vencimento em junho variam de US$ 34,24 a US$ 30,03 por barril.

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Fonte: EP BR