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Derivados de petróleo perderão espaço no consumo final de energia, em dez anos


Derivados de petróleo perderão espaço no consumo final de energia, em dez anos Derivados de petróleo perderão espaço no consumo final de energia, em dez anos

Ainda que receba investimentos volumosos, estimados em R$ 1.9 trilhão,  O Plano Decenal de Energia (PDE) 2029, lançado na terça (11/02), estima que os derivados de petróleo terá redução no consumo final de energia do país, caindo dos 38,4% atuais para 36,2% em 2029. Já o gás natural deve aumentar sua participação, de 7,7% para 8% no período.

Os números refletem uma maior eletrificação da economia brasileira, com crescente oferta de biocombustíveis – destaque para a cana-de-açúcar – e gás natural, em especial, a produção do pré-sal. De acordo com o PDE 2029, o diesel e gasolina representarão quase dois terços do consumo de derivados de petróleo.

Nesses dez anos, a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) estima que a demanda total por energia do Brasil crescera 28%, ou a uma taxa de 2,5% ao ano, mais lenta que a economia brasileira, com crescimento do PIB projetado em 2,9% ao ano – redução da intensidade energética que reflete ganhos de eficiência e mudanças no perfil de consumo.

Em número absolutos, a EPE estima que o consumo final de energia será de 336 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep) em 2029, frente a 263 Mtep no ano passado.

Trecho de apresentação do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre o novo PDE 2029, feita nesta terça (11). Gás natural, cana-de-açúcar e a eletrificação da economia deslocam combustíveis fósseis. Veja a apresentação completa (.pdf))
O consumo de derivados de petróleo será deslocado principalmente pelo aumento da eletrificação, com a demanda por energia elétrica crescendo de 17,9% para 20,3%. Do lado dos poluentes, a queima de carvão mineral também perde espaço, caindo de 5% para 4,8%.

Quanto a matriz energética nacional, a tendência é aumento da participação de fontes renováveis, que somarão 48% do total, frente aos 47% atuais, com uma taxa de crescimento médio anual de 2,9%. Veja o detalhamento na apresentação do MME (.pdf).

“O Brasil consegue tranquilamente cumprir o Acordo de Paris, porque temos essencialmente uma matriz renovável”,  afirmou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Reive Barros. O PDE 2029 completo será publicado nesta quarta (12).

“Basicamente, transporte e indústria representarão 60% do consumo de energia [do país] e esse é o foco do pré-sal”, afirmou.

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Fonte: EP BR