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O saldo dos leilões do pré-sal


O saldo dos leilões do pré-sal O saldo dos leilões do pré-sal

A semana dos leilões de pré-sal termina com mais de R$ 75 bilhões arrecadados, a contratação dos volumes excedentes de Búzios e Itapu, que podem superar os 10 bilhões de barris, e da exploração de Aram, com potencial para ser um dos maiores campos do país.

Mesmo assim deixou um monte de gente se questionando o que deu errado. Foram áreas contratadas majoritariamente pela Petrobras, que usou a Lei de Partilha para garantir 30% de três blocos da 6ª rodada, e apresentar proposta somente para Aram, único arrematado, dos cinco ofertados.

"Quer que isso quer dizer? Que nós sabemos nos apropriar dos nossos recursos ou que nós não entendemos até agora a principal mensagem que é o seguinte: vocês são muito complicados, muito difícil investir aí", afirmou o ministro Paulo Guedes, sobre o desinteresse de empresas privadas e internacionais.

Para o governo, a Petrobras inibiu a concorrência na 6ª rodada, o que estava previsto. O espanto maior, contudo, foi ela não ter contratado as áreas em que manifestou a preferência.

“Estou surpreso (...) o que precisa agora é uma reflexão nossa sobre quais razões levaram a Petrobras a não ter exercido o direito de preferência”, afirmou o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, que completou:

"A Petrobras é uma empresa, que responde para o seu Conselho de Administração. Quem está preocupado com o sucesso dos leilões somos nós."

Para o senador José Serra (PSDB/SP), autor do projeto que acaba com a preferência da Petrobras, a empresa blefou. Em 2016, partiu de Serra o projeto que substitui a operação única pela preferência. Três anos depois, o senador conclui que o pré-sal é um sucesso por si só e a Petrobras atrapalha a atração de investimentos.

Na imprensa, fala-se em "fracasso", frustração" e em críticas ao modelo de contratação – preferência da Petrobras e o polígono do pré-sal, que obriga o governo a ofertar áreas apenas pelo regime de partilha naquela região.

Na Folha, Ausência da Petrobras em lances de leilão irrita governo Bolsonaro; no Estadão, Governo avalia mudar regras para o pré-sal após novo leilão sem disputa, no Valor, Petrobras, de novo, salva leilão do pré-sal.

Na prática, a mudança na partilha, que depende do Congresso, ganha um novo fôlego para 2020. O que tem tudo a ver com a vontade do governo Bolsonaro, que apoio a revisão das regras.
Mercado offshore | Para o mercado, Aram entra no planejamento para 2020, quando devem ser realizados os primeiros levantamentos sísmicos no bloco de 1,35 mil km² -- é maior que a cidade do Rio de Janeiro.

Aram tem 29 bilhões de barris de óleo e gás natural in situ, considerando a estimativa provável (P50). Se confirmada, é uma reserva maior do que do campo de Lula, o maior produtor brasileiro atualmente.

E fica logo atrás de Búzios, onde a Petrobras contratou 90% dos excedentes e vai instalar a quinta unidade de produção no 2º semestre de 2022. Vai demandar poços de produção e injeção para a unidade -- até o fim de setembro, apenas um havia sido perfurado. É o FPSO Almirante Barroso, da Modec.

Depois, se mantido o planejamento, contrata mais quatro unidades para Búzios, totalizando nove FPSOs.

Mesmo sem os volumes excedentes contratados, Atapu e Sépia estão no planejamento da companhia, para desenvolvimento das reservas do contrato original da cessão, de 2010.

Ano que vem, está planejada a entrada da P-70, FPSO Atapu 1, com 150 mil barris/dia de capacidade. E para 2024, um FPSO em Itapu, com 120 mil barris/dia, que ainda precisa ser contratado.

Brent | Futuros fecharam em alta de 0,89%, cotados a US$ 62,29 por barril. Nesta sexta (8), preços variam entre US$ 62,25 e US$ 61,12 até o momento.

Expectativa é para os efeitos da materialização de um acordo entre EUA e China. Porta voz do Ministério do Comércio da China afirmou ontem que os termos provisórios podem incluir a suspensão de tarifas impostas pelos EUA. Reuters

"Ambos os lados concordaram em cancelar tarifas adicionais em diferentes fases, já que os dois fizeram progresso em suas negociações", afirmou. Um acordo pode ser assinado este mês.

Contudo, essas negociações já deram sinais falsos de avanço no passado. E Donald Trump, que enfrenta um processo de impeachment nos EUA, também já mostrou que não está disposto a assistir passivamente uma escalada de preços do petróleo, que impacta o consumidor americano.

A analista de mercado e Oriente Médio, Ellen Wald, alertou essa semana sobre as especulações em torno da próxima reunião da OPEP +, grupo que inclui os países do cartel e a Rússia. Cuidado com Rumores: Mais Cortes de Produção da Opep são Pouco Prováveis.

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Fonte: EP BR