A Petrobras esclareceu, na segunda-feira, 29/09, que a empresa holandesa SBM Ofshore já está apta a participar das licitações da estatal. No entanto, destacou que a sua a contratação, se for escolhida em uma licitação, está condicionada o cumprimento das obrigações previstas na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e à celebração do Acordo de Leniência com a Controladoria Geral da União (CGU) e com o Ministério Público Federal (MPF).

A Petrobras suspendeu as contratações junto a empresa holandesa, que aluga plataformas e sondas, desde o ano passado, quando a companhia, uma das maiores fornecedoras de sondas para a petroleira, confirmou ter feito pagamentos de propina a funcionários da estatal. O envolvimento entre funcionários da Petrobras e da SBM ocorreu meses antes da de vir a público o caso de corrupção descoberto pela Operação Lava-Jato. petrobras 2709

Em comunicado em seu site, a empresa holandesa anunciou a notícia afirmando já ter sido convidada pela Petrobras para participar de licitações, incluindo para para uma plataformas no campo de Libra, no pré-sal na Bacia de Santos.

Em nota, a Petrobras esclarece que "a efetiva contratação da SBM, como resultado de processos licitatórios, estará condicionada ao cumprimento das obrigações previstas na Lei anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e à celebração do Acordo de Leniência com a CGU e o MPF".

A estatal explica que, após ter analisado o programa de integridade da SBM Offshore e consultado o MPF e a CGU, "voltará a convidar a SBM e demais empresas do Grupo para participar de suas licitações."

A SBM está negociando acordo de leniência com a CGU, o primeiro entre as empresas investigadas por corrupção na Petrobras. A empresa reconheceu ter pago cerca de R$ 139 milhões em "comissões" a funcionários públicos no Brasil entre 2007 e 2011 para conseguir contratos de aluguel de sondas com a Petrobras.

Fonte: O Globo