Petrolífera portuguesa continuou a destinar ao campo da bacia marítima de Santos, no Brasil, a maior parte do seu esforço de investimento no primeiro semestre do ano. Até junho a Galp produziu no Brasil uma média de mais de 16 mil barris de petróleo por dia.

Lisboa - A Galp Energia, petrolífera portuguesa que tem em curso diversos projectos no Brasil, investiu no primeiro semestre mais de 300 milhões de euros no desenvolvimento do campo Lula/Iracema, na bacia marítima de Santos, no Brasil, de acordo com o relatório e contas da primeira metade do ano, publicado esta segunda-feira através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Galp informou o mercado de que "no primeiro semestre de 2014, o investimento foi de 463 milhões de euros, do qual 86% destinou-se ao negócio de E&P (exploração e produção)". "O investimento em actividades de desenvolvimento, sobretudo no campo Lula/Iracema no bloco BM-S-11, representou 76% do total investido no segmento de negócio de E&P", acrescenta a Galp.

O restante investimento na área de exploração e produção foi repartido pela campanha de exploração e avaliação que a Galp Energia realizou durante o ano, com destaque para as actividades de exploração nas bacias de Santos e Potiguar, no Brasil, em Moçambique e em Marrocos.

No Brasil a Galp fez ainda alguns investimentos no seu projecto de biocombustíveis, em parceria com a Petrobras, cujo valor não foi discriminado, mas que está incluído numa fatia de 62 milhões de euros investidos até junho nos negócios de refinação e distribuição e de gás e electricidade. Esta verba contemplou a manutenção da refinaria de Sines, em Portugal, e a rede de distribuição de gás natural.

Na comunicação de resultados do primeiro semestre, a Galp reportou um lucro de 115 milhões de euros até junho, menos 29% do que no mesmo período do ano passado. Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 3,7%, para 537 milhões de euros, nos primeiros seis meses do ano.

O Brasil permaneceu como a principal plataforma de produção de petróleo da Galp, com uma média diária de 16,3 mil barris, mais 43% do que no ano passado. Já Angola contribuiu com uma média de 7 mil barris por dia, menos 17% do que no primeiro semestre de 2013.

Além do Brasil, a Galp mantém uma campanha de exploração e avaliação de oportunidades petrolíferas em diversos mercados, como Angola, Moçambique e Marrocos.

Fonte: Portugal Digital