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Navalshore revela os desafios para construção de plataformas no Brasil


I Feira Conferência da Indústria Naval e Offshore terminou, após debate sobre a Medida Provisória 177, às 13h

Gerente de Engenharia de Construção de Plataformas e Unidades de Transporte Marítimos da Petrobras, Roberto Gonçalves abriu o terceiro e último dia de Navalshore explicando que o maior desafio para a construção de plataformas no Brasil é a capacitação da indústria nacional e de seus fornecedores. Ele admite, porém, que o cronograma da estatal dificulta o processo de contratação dos meios, uma vez que exige uma mobilização quase que imediata de cenetenas de profissionais em diversas áreas de atuação.

A grande quantidade de obras ocorrendo em paralelo preocupa a Petrobrás, segundo Gonçalvez, lembrando que o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), lançado em dezembro pelo Ministério de Minas e Energia, está auxiliando na capacitação da indústria nacional através de estudos de levantamento de oferta e demanda específicos.

O gerente da Petrobrás também falou sobre a demanda de materiais para a construção de plataformas. A necessidade de chapas de aço, por exemplo, é de 35,3 mil toneladas por ano e deve chegar a 66 mil toneladas.

Outra carência que preocupa a estatal é a ausência de equipamentos para içamento de grandes tonelagens, como é o caso dos módulos elétricos para plataformas. Guindastes “heav lift” usados na construção dos módulos são atualmente trazidos do exterior. As embarcações tem que cruzar o Atlântico, o que implica custos adicionais e prejudica a indústria nacional.

A necessidade de novos diques secos, dada a pequena oferta nacional de serviço de docagem para atendimento à indústria de construção off shore, também é um item crítico na avaliação do engenheiro.
Promovida pela revista Portos e Navios, a Navalshore 2004 conta com uma área de três mil e quinhentos metros quadrados para stands, auditório, recepção e praça de alimentação. O evento é o primeiro do setor naval que transcende a abordagem eminentemente técnica, propiciando um encontro de todos os segmentos a ele direta ou indiretamente ligados sem similar nos últimos dez anos.

Fonte: Portos e Navios