Navalshore

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MP 177 deu o tom da abertura da Navalshore 2004


Metalúrgicos e empresários do setor naval reuniram-se na abertura da I Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore para pedir ao governo federal que não vete o FGIN

Um protesto silencioso porém determinado a atingir seus objetivos. Com adesivos em prol da Medida Provisória 177 colados nas lapelas, trabalhadores ligados à indústria naval e empresários do setor entraram no auditório da I Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore dispostos a chamar atenção das autoridades para o fantasma do veto presidencial ao artigo que cria o Fundo de Garantia para a Indústria Naval (FGIN).

Diante de representantes de diversas esferas de poder, metalúrgicos, liderados pelo coordenador do Fórum Intersindical dos Trabalhadores da Indústria Naval e Offshore, Luis Chaves, ergueram fachas pedindo que o Governo Federal sancione a MP com o texto aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado Federal.

De acordo com Luis Chaves, o objetivo da manifestação é evitar que o presidente Lula cometa o mesmo erro de FHC com o programa Navega Brasil que nunca saiu do papel. “Queremos aproveitar esse momento para demonstrar apoio à Medida Provisória (MP) 177”, acrescenta Chaves. Aprovada pela Câmara e pelo Senado, a MP, que deve fomentar o segmento, depende apenas da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a MP, cerca de R$ 400 milhões do Fundo de Marinha Mercante passariam para o Fundo Garantido da Indústria Naval (FGIN), o que asseguraria a construção de navios mesmo que seu valor superasse o patrimônio do estaleiro. O Fundo de Marinha Mercante dispõe hoje, segundo o vice-presidente executivo do Sindicado Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Cláudio Decourt, de R$ 2 bilhões.

"A pressão da equipe econômica para vetar a medida é que o Ministério da Fazenda perderia liquidez para manter o superávit primário porque o Fundo de Marinha Mercante é usado nesse sentido, ao invés de suprir a indústria naval. O que teremos é uma manifestação de prevenção porque acreditamos que o presidente será favorável à MP”, disse o coordenador do Fórum Intersindical dos Trabalhadores da Indústria Naval e Offshore.

A solenidade de abertura contou com a presença do secretário de Fomento para Ações de Transporte do Ministério dos Transportes, Sergio Bacci, o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Granja Victer, o secretário Municipal de Transportes, Arolde de Oliveira, o deputado federal e relator da MP 177, Luiz Sergio, o diretor da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), Carlos Nóbrega, o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Antônio Soares, o contra-almirante Jorge Lopes, Diretor de Portos e Costas (DPC), Franco Papini, da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), o diretor da Transpetro, Agenor Junqueira, o diretor da Firjan, Raul de Sanson, o presidente do Sindicado da Indústria Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha e o vice-presidente executivo do Sindicato das Empresas de Navegação (Syndarma), Cláudio Decourt.

A feira foi aberta ao público às 12h30. Durante os três dias de feira, 115 expositores de todo o Brasil, entre eles, o Ministério dos Transportes, a Transpetro e a Antaq, irão representar seus setores e apresentar seus produtos e serviços, num ambiente que favorece a prospecção de novos negócios. A idéia é mostrar aos estaleiros brasileiros o que há de mais moderno na linha de equipamentos e o que é possível proporcionar aos mesmos na fabricação de embarcações e plataformas.

Ambiente favorável

O contexto é inegavelmente favorável para o setor naval. A construção naval deixou de ser uma boa lembrança e voltou a ocupar espaço de destaque na economia do Estado do Rio de Janeiro. Depois de mais de duas décadas de estagnação, estaleiros que chegaram a fechar as portas, atualmente estudam projetos de ampliação para comportar encomendas que já atingem R$ 2 bilhões. Impulsionada pela quebra do monopólio de exploração e produção de petróleo, a construção naval de hoje tem alicerces sólidos, baseados numa demanda real de mercado.

Os números comprovam. A Transpetro vai renovar sua frota de navios petroleiros, com a construção de 11 navios até 2007, um investimento de US$ 500 milhões. Outros 11 estão previstos para até 2010. O volume de negócios permitirá aos estaleiros plena atividade nos próximos anos. Em novembro último a estatal aprovou o 2º Plano de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo, envolvendo a construção de até 18 barcos e a modernização e upgrade de outros 21, com investimentos totais de US$ 340 milhões.

Para completar o quadro otimista, a decisão de construir no país partes essenciais da Plataforma P-52, para a Petrobras, traz para a indústria nacional um quinhão significativo dos US$ 923 milhões que serão investidos no projeto.

A partida foi dada e a marinha mercante também se animou com as oportunidades. Segundo estimativa do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítimas (Syndarma), um programa básico de renovação e ampliação da frota mercante nacional compreenderia a construção de 10 graneleiros, seis navios químicos, 23 navios de carga geral e 20 embarcações de apoio marítimo. Essas encomendas implicariam investimento da ordem US$ 1,5 bilhão, o que significaria um retorno de US$ 780 milhões em adicional de frete para renovação da marinha mercante (AFRMM) e geraria 1,3 mil empregos diretos.

Alguns expositores

O estaleiro Aker Promar, que lançará mais uma embarcação ao mar nesta quinta-feira, dia 1°, o Seabulk Angra, contratado pela empresa Seabulk Offshore, é um dos expositores da Navalshore 2004. Principal construtor de barcos de apoio marítimo a plataformas de petróleo no Brasil, o estaleiro, instalado na Ilha da Conceição, em Niterói, está em fase de ampliação de sua atuação. O estaleiro deverá investir cerca de R$ 100 milhões em um novo parque industrial no Rio Grande do Sul, que terá capacidade para construir embarcações de grande porte. O objetivo inicial é disputar a licitação da Transpetro para a contratação de m total de 22 petroleiros nos próximos 10 anos.

Outro estaleiro em fase de ampliação que também já garantiu presença como expositor da Navalshore é o Transnave. Instalado na Ilha do Governador, o Transnave também deverá instalar um novo estaleiro no Rio Grande do Sul. Além destes, também estarão na Navalshore o estaleiro Ilha, o estaleiro Rio Negro, de Manaus (AM) e o estaleiro Santa Cruz. Pertencente ao Grupo H.Dantas, o Santa Cruz estará expondo maquete de um dos rebocadores da Sulnorte que foram construídos no estaleiro, além de maquete do parque industrial, localizado em Aracaju (NE).  
Empresas como a Macnor Offshore, Inaflex Indústria e Comércio, Cordoaria São Leopoldo, Elinox Aços, Belga Marine, Rimac, Maccomevap, Navsoft, Poleoduto, Ocean Green, Triduar, Sandler e Aalborg Industries estarão apresentando uma extensa linha de produtos e serviços voltados para a indústria naval e offshore. Já as companhias Kvaerner Masa Marine (KMM), MAN B&W Diesel (MBD) e National Oilwell (NatOil) irão compartilhar um mesmo stand, onde irão apresentar o novo pacote denominado KMANO, para embarcações de apoio offshore.

O Grupo Guascor apresentará sistemas completos de propulsão e a Emgepron, empresa gerencial de Projetos Navais, vai destacar sua capacitação em serviços de reparo e construção naval, apresentando a LAR - Lancha de Ação Rápida, utilizada para combate à poluição ou como ambulância marítima, além da Lancha de Inspeção Naval. 

O Grupo Gerdau é outro destaque na Navalshore 2004, com seus ‘Perfis Gerdau Açominas’, produzidos com a mais moderna tecnologia de laminação do mundo.  A Nuclep, que recentemente foi contratada para construir parte da plataforma P-52, vai expor, através de painéis e maquetes, sua capacitação fabril.

Promovida pela revista Portos e Navios, a Navalshore 2004 contará com uma área de três mil metros quadrados para stands, auditório, recepção e praça de alimentação. Diversas empresas estarão, na ocasião, apresentando produtos e serviços para o setor da indústria naval/ offshore.
O evento é o primeiro do setor naval que transcende a abordagem eminentemente técnica, propiciando um encontro de todos os segmentos a ele direta ou indiretamente ligados sem similar nos últimos dez anos.

A Navalshore vem, portanto, representar a evolução da indústria naval no Brasil e suas novas oportunidades de negócios.

Click aqui e veja as fotos do 2° dia.

Fonte: Tatiana Siqueira

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