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Manifestação pela MP 177 durante a Feira da Indústria Naval e Offshore


De acordo com Luis Chaves, coordenador do Fórum Intersindical dos Trabalhadores da Indústria Naval e Offshore, o objetivo será evitar que o presidente Lula cometa o mesmo erro de FHC com o programa Navega Brasil que nunca saiu do papel. 

Cerca de mil trabalhadores do setor naval vão se reunir na segunda-feira (28/06), em frente ao Cais do Porto, onde estará acontecendo a I Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, no Rio de Janeiro. O objetivo é demonstrar apoio à Medida Provisória (MP) 177. Aprovada pela Câmara e pelo Senado, a MP, que deve fomentar o segmento, depende apenas da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a MP, cerca de R$ 400 milhões do Fundo de Marinha Mercante passariam para o Fundo Garantido da Indústria Naval (FGIN), o que asseguraria a construção de navios mesmo que seu valor superasse o patrimônio do estaleiro. O Fundo de Marinha Mercante dispõe hoje, segundo o vice-presidente executivo do Sindicado Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Cláudio Décourt, de R$ 2 bilhões.

"O problema é que dessa forma o Ministério da Fazenda perderia liquidez para manter o superávit primário porque o Fundo de Marinha Mercante é usado nesse sentido, ao invés de suprir a indústria naval. O que teremos é uma manifestação de prevenção porque acreditamos que o presidente será favorável à MP, apesar de alguns ministros irem contra", disse o coordenador do Fórum Intersindical dos Trabalhadores da Indústria Naval e Offshore, Luis Chaves.

Na próxima semana, representantes do Fórum Intersindical dos Trabalhadores da Indústria Naval e Offshore devem se encontrar com o presidente da República para pedir a assinatura da MP. "Não queremos que o Lula cometa o mesmo erro de Fernando Henrique Cardoso com o programa Navega Brasil que nunca saiu do papel", afirmou Chaves. Com a MP 177, cerca de 70 mil postos de trabalho devem ser criados até 2015 apenas com as construções da Petrobras.

Chaves reforça que a manifestação não significa greve, mas aproveita a I Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore para demonstrar apoio a medida provisória que deve alavancar o setor. "Por isso estamos pedindo autorização aos empresários para que liberem os empregados", comentou. Hoje, o Brasil aproveita apenas 10% do seu potencial de cabotagem, enquanto somente 2% das mercadorias exportadas saem do País em navios, segundo informações do Syndarma.

Fonte: Net Marinha