Geologia Marinha
A Geologia Marinha vem coletando dados e elaborando estudos aprofundados para apoiar e subsidiar a exploração e a explotação de petróleo, contribuindo para minimizar custos e aumentar a segurança dos projetos e instalações.
A evolução da Geologia Marinha na Petrobras deu-se em função do contínuo avanço da exploração de petróleo para águas profundas. Inicialmente, a atividade de geologia marinha foi conduzida descentralizadamente; muitos dados eram coletados, mas não agrupados de forma a permitir o aumento do conhecimento integrado sobre a região, muito voltados a cada projeto individualmente.
Criou-se informalmente, no final de 1987, o Grupo de Trabalho de Estudos do Fundo do Mar, a fim de montar o quebra-cabeças composto por dados de diferentes origens: levantamentos ambientais, oceanografia, geotecnia, perfuração de poços, estudos de fundo etc.
Em maio de 1989, este grupo de trabalho evoluiu para a formalização organizacional, com uma gerência específica criada com o objetivo de gerenciar e melhor utilizar os dados disponíveis. Iniciou-se, assim, a formação de um banco de dados, que permitiu uma abordagem moderna e localizada dos dados geológicos e ambientais do fundo do mar.
A necessidade era investigar o fundo do mar como suporte para novos avanços, integrando as técnicas de exploração de petróleo ao conhecimento da geologia marinha. O grupo se mantinha atento aos saltos tecnológicos e colaborava para a melhoria do produto, sempre antecipando-se às necessidades da atividade. Esta primeira fase serviu para montar um cenário regional integrado do fundo do mar e visualizar as informações encontradas, focando melhor a atuação de suporte à engenharia e à exploração de petróleo. Esses estudos pioneiros avaliavam a estabilidade do solo oceânico para a instalação de equipamentos no fundo do mar.
Na escalada da Geologia Marinha consta a participação no Programa de Capacitação Tecnológica em Águas Profundas -Procap-1000. Foram analisados dados de alta resolução e estudos sísmicos pioneiros sobre o talude continental das áreas de Marlim e Albacora, os limites mais profundos de exploração daquela época na Bacia de Campos.
O reconhecimento da necessidade e da qualidade destes trabalhos propiciou ao grupo de profissionais mergulhar na segunda fase, que consistiu na coleta de informações de alta resolução a nível regional, incluindo a participação no Procap-2000. Hoje, praticamente toda operação de engenharia desenvolvida no solo oceânico é precedida por estudos da equipe de geologia marinha.
O grupo hoje é estrategicamente qualificado, e se envolve em avançados estudos científicos de reputação internacional. Também representa a Petrobras na Comissão Interministerial de Recursos do Mar -CIRM, órgão ligado à Marinha do Brasil, atuando no Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica. Seus principais clientes são as gerências de Engenharia e de Exploração da Companhia, também a área de Meio Ambiente, além do Centro de Pesquisas (CENPES).
Com a contribuição da geologia marinha, a Bacia de Campos continuará sendo utilizada como laboratório em escala real para o desenvolvimento de novas tecnologias nos próximos anos.
Veja também:
Fonte: Petrobras