Explorar petróleo em águas profundas seria quase impossível sem um robô chamado ROV (Veículos Operados Remotamente, na sigla em inglês). Para a salvação dos tímpanos de mergulhadores do setor, o robô é capaz de "enxergar" a três mil metros de profundidade e de fazer pequenos reparos nos equipamentos submarinos usados na perfuração de poços.

No Brasil, os ROVs são fornecidos pela Marine Production Systems, empresa integrante do grupo Oceaneering International, sediado nos Estados Unidos. O gerente geral da empresa na América do Sul na área de ROV, Ricardo Chagas, afirma que a Oceaneering é responsável pela fabricação de 70% de todos os ROVs usados no mundo.

Além de fornecer ROVs, a Marine, que está há cinco anos em Niterói, no Rio de Janeiro, fabrica umbilicais, nome técnico das mangueiras que controlam o fluxo de óleo e gás durante o processo de exploração e fazem a ligação entre árvores de natal e manifolds.

Nos últimos oito meses, a empresa iniciou o investimento de US$ 5 milhões e, agora, diz que chegou a hora de colher os frutos. O gerente geral da América do Sul na área de ROV, Ricardo Chagas, afirmou que o mercado da empresa tem grande potencial de crescimento interno com as últimas descobertas da Petrobras, na Bacia de Campos e em Vitória, por exemplo, e com a entrada de empresas internacionais na fase de perfuração e exploração. Com isso, a Marine espera se consolidar no mercado nacional como fornecedora de umbilicais, ROVs e na prestação de serviços.

Recentemente, a Marine tem se voltado para a Oceaneearing Intervention Engineering (OIE), braço de serviços do grupo. A OIE oferece reparos de linhas submarinas, instalação e operação de workovers, desenvolvimento de hardware para campos de petróleo, tais como sistemas de controle e injeção química e sistemas de conexão de umbilicais, entre outros serviços que utilizam tecnologia para águas profundas. No ano passado, a empresa registrou faturamento bruto de R$ 45 milhões.

Fonte: O Globo Online