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Governo adia plano de longo prazo para setor de energia por coronavírus


Governo adia plano de longo prazo para setor de energia por coronavírus Governo adia plano de longo prazo para setor de energia por coronavírus

O Ministério de Minas e Energia decidiu adiar devido aos impactos do coronavírus o lançamento oficial de um estudo com perspectivas de longo prazo para o setor de energia do país

O Ministério de Minas e Energia decidiu adiar devido aos impactos do coronavírus o lançamento oficial de um estudo com perspectivas de longo prazo para o setor de energia do país.

O Plano Nacional de Energia 2050, que incluirá previsões sobre o retorno dos investimentos do Brasil em usinas nucleares, agora deverá ser anunciado apenas após o fim da crise de saúde pública ocasionada pela pandemia, disse o ministro Bento Albuquerque nesta segunda-feira.

"Íamos lançar em março o PNE 2050, mas nós seguramos o lançamento... deixamos para apresentar após o período que estamos passando, de crise. Mas nele está, sim, contemplada a energia nuclear", afirmou, ao participar de transmissão ao vivo pelas redes sociais do deputado federal Paulo Ganime (Novo-RJ).

Atualmente, o Brasil possui duas usinas nucleares em operação, em um complexo em Angra dos Reis (RJ) operado pela estatal Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras .

As obras da terceira usina, de Angra 3, iniciadas ainda nos anos 1980 e também a cargo da Eletronuclear, estão paralisadas desde o final de 2015. Albuquerque disse que o governo e a estatal seguem com planos de atrair um sócio que ajude a concluir a construção do empreendimento até 2025.

O ministro disse ainda que os esforços do governo estão concentrados no momento em questões relacionadas ao coronavírus, como o efeito da epidemia sobre o mercado de energia.

Ele reiterou que há discussões em andamento sobre medidas de curto prazo para isentar famílias de baixa renda da conta de luz por 90 dias, o que visaria evitar a inadimplência desses clientes junto à elétricas devido aos efeitos negativos de medidas de isolamento adotadas contra o vírus sobre a renda da população.

"Nesse aspecto, do consumidor de baixa renda, os consumidores não vão ter problema nenhum de inadimplência porque o governo federal vai arcar com esses recursos através do Tesouro e através do remanejamento de outras verbas existentes", afirmou ele, sem detalhar.

Albuquerque antecipou na semana passada que a medida em preparação no governo beneficiaria até 10 milhões de famílias que possuem consumo de até 220 kilowatts. Ele não deu um prazo para a oficialização da iniciativa.

OFERTA DE GLP

O ministro disse também que o governo avalia que há oferta suficiente de gás liquefeito de petróleo vendido em botijões e ainda vê espaço para uma queda adicional nos preços do insumo.

As declarações vêm após consumidores terem corrido para estocar botijões devido a medidas de isolamento social adotadas contra o novo coronavírus, o que gerou impactos no mercado, inclusive com cobrança de preços exorbitantes por alguns vendedores.

"Há o suficiente de gás natural liquefeito para que as pessoas não precisem fazer estoques, correr para pegar mais botijão. O abastecimento está garantido", disse o ministro na transmissão ao vivo.

"A Petrobras está importando mais GLP e nós acreditamos que o preço, que já caiu 10%, deverá cair mais ainda para o consumidor ao longo do tempo, porque há uma queda do preço do petróleo e do gás no mundo todo e isso vai ser um reflexo", afirmou.

A Petrobras informou em 30 de março uma redução de 10% nos preços do GLP em botijões de 13 quilos, utilizados em residências.

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Fonte: Época Negócios