Notícias

Paralisação e coronavírus ameaçam desempenho da Petrobras em 2020


Paralisação e coronavírus ameaçam desempenho da Petrobras em 2020 Paralisação e coronavírus ameaçam desempenho da Petrobras em 2020

Para analistas, não há efeito imediato, mas greve de petroleiros e epidemia na China podem ter impacto ao longo deste ano

Depois do lucro recorde registrado em 2019, a Petrobras pode ter seu desempenho afetado neste ano pela greve dos petroleiros e pela epidemia do coronavírus na China, de acordo com analistas de mercado.

A estatal tem repetido que a greve não teve impacto significativo na sua produção de petróleo e de combustíveis.

O ganho recorde é apresentado em meio a um momento delicado para a empresa, que enfrenta uma greve de petroleiros que já dura 20 dias. Nesta quinta-feira, 20/02, os petroleiros decidem se suspendem a greve temporariamente.

Para o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, o maior risco para os resultados da Petrobras neste ano está nas incertezas na economia mundial em função da epidemia que paralisa atividades econômicas na China e reduz a demanda do gigante asiático por commodities como o petróleo:

- A greve não deve afetar os resultados da companhia no primeiro trimestre do ano porque a produção não foi afetada. O que me preocupa mais é o efeito do coronavírus na economia, com a redução de consumo e a queda dos preços do petróleo.

Por enquanto, o mercado segue confiante. Com lucro recorde em 2019, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras fecharam na quarta-feira com alta de 1,97%, a R$ 32,57. As preferenciais (PN, sem voto) avançaram 2,69%, a R$ 30,55. O balanço foi divulgado após o fechamento da Bolsa.

A Petrobras registrou em 2019 o maior lucro de sua história - R$ 40,1 bilhões

O resultado foi obtido graças a uma aceleração dos ganhos no último trimestre do ano
Um dos principais fatores que impulsionaram o lucro da Petrobras no fim do ano foi o aumento da produção, com sucessivos recordes no pré-sal


A analista Sandra Peres, da Terra Investimentos, acredita que no primeiro trimestre deste ano o resultado da companhia não deverá ainda ser afetado pela greve dos petroleiros. Mas acredita que poderá haver reflexos ao longo do ano:

- Tudo ainda é muito incerto, mas como a Petrobras tem garantido que a produção e refino não estão sendo afetados, acredito que o resultado do primeiro trimestre ainda não será afetado. Mas certamente ao longo do ano a greve terá impacto negativo nos resultados da companhia.

Há seis meses:'Choque de energia barata' prometido por Guedes não avança por resistência dos estados

Sandra destacou ainda que foi importante o fato de a Petrobras ter reforçado os investimentos em novos sistemas de produção de óleo e gás, com sete plataformas nos campos do pré-sal já contratados.

Analistas apontaram como um ponto positivo para 2020 o forte programa de redução de custos da empresa. Em seu balanço, a estatal destacou os programas de demissão voluntária, que tiveram a adesão de 3.294 empregados até o fim de 2019.

A empresa informou redução de 29,6% nas despesas operacionais, caindo de R$ 58,1 bilhões para R$ 40,9 bilhões entre 2018 e 2019.

Isso ajudou a empresa a alcançar alta de 12% em suas receitas operacionais, medida pelo Ebitda, para R$ 129,2 bilhões. A remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e juros sobre capital próprio foi de R$ 10,6 bilhões, equivalente a R$ 0,73 por ação ordinária e R$ 0,92 por preferencial.

Mais empregos, mais negócios, com nossos treinamentos para qualificação profissional, e empresarial.

Empresas e profissionais devem estar preparados:

Não fiquem de fora dos empregos, e negócios.

Conheça, e qualifique-se com nossos treinamentos, clicando aqui.

A hora é agora. Qualifique-se já.

Fonte: O Globo