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Petrobras quer usar nanotecnologia para extrair óleo e gás


Petrobras quer usar nanotecnologia para extrair óleo e gás - Foto Agência Brasil Petrobras quer usar nanotecnologia para extrair óleo e gás - Foto Agência Brasil

Linhas de pesquisa com pequeno investimento, da ordem de R$ 30 milhões até 2024, devem resultar em aumento da produção

Cápsulas que liberam o conteúdo apenas quando submetidas a determinadas condições do ambiente e materiais que mudam a consistência apenas quando estão dentro dos poços de petróleo irão ampliar a extração de óleo e gás no Brasil nos próximos anos, de acordo com a Petrobras. A empresa vai investir R$ 30 milhões nos próximos cinco anos no desenvolvimento de alguns recursos nanotecnológicos para aumentar a produção.

As pesquisas em andamento receberam até agora R$ 21,3 milhões. O destaque, para a Petrobras, é o Spartan, sigla em inglês para aumento do desempenho da varredura realizado pelo nanossistema ativado termicamente. A tecnologia se destina principalmente ao uso no pré-sal. Trata-se, de forma simplificada, de um material capaz de mudar de consistência quando injetado em poços de petróleo, ajudando a extrair mais óleo e gás.

O material, com consistência mais líquida em ambientes mais frios, é facilmente transportados pelos tubos até chegar aos poços. Quando chega às temperaturas mais altas, torna-se gelatinoso, bloqueando canais, falhas e fraturas nas rochas, típicas de áreas como o pré-sal, evitando que o petróleo se acumule nessas fissuras e não seja aproveitado.

De acordo com o engenheiro Leonardo Alencar, do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), os testes apontam que o Spartan possibilita a extração de 13% a mais de óleo do que as tecnologias disponíveis hoje. “Estamos adotando uma postura muito alinhada com o mundo. A gente está sendo incentivado a criar, a inovar e a fazer diferente”, diz Alencar.

O Spartan é desenvolvido em parceria com o Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A expectativa é que seja usado em campo até o final de 2022.

A Petrobras investe em outras iniciativas de nanotecnologia, como cápsulas de produtos químicos. “Essas nanocápsulas têm liberação controlada por algum parâmetro de temperatura, Ph e salinidade. Quando chega no reservatório [de petróleo], encontra uma certa temperatura ou salinidade ou Ph e libera esse produto”, explica Alencar.

A vantagem, segundo ele, é que as cápsulas podem carregar produtos ácidos que, se fossem transportados por tubos até os poços, danificariam as estruturas. O produto que transportam também ajuda na extração de óleo e gás. As nanocápsulas poderão ser aplicadas até 2025.

Os recursos investidos nessas pesquisas são regidos pelas cláusulas de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), regulados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Por essas regras, os concessionários devem realizar despesas qualificadas em valor correspondente a 1% da receita bruta da produção dos campos correspondentes a uma participação especial, ou seja, as pesquisas exploram campos de grande volume de produção.

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Fonte: Época Negócios