Notícias

Forte oscilação da cotação do barril de petróleo acende alerta na indústria


Forte oscilação da cotação do barril de petróleo acende alerta na indústria Forte oscilação da cotação do barril de petróleo acende alerta na indústria

Depois de subir quase 20% na segunda-feira com os ataques a instalações sauditas no fim de semana, as cotações do petróleo recuaram cerca de 6%. Hoje, o barril do tipo Brent opera praticamente estável, com queda de 0,5%, cotado a US$ 63,20 em Londres às 7h55m. O WTI, negociado em Nova York, cai 0,76%, a US$ 58,89.

As cotações devem permanecer em níveis elevados nos póximos dias ou meses, e a pressão sobre o petróleo no mercado internacional deixou empresas em estado de alerta. Setores como aéreo, químico e de vidro estão preocupados com as incertezas em torno dos preços da commodity , que afetam seus custos.

A maior parte dessas indústrias depende de derivados do petróleo. A Petrobras decidiu aguardar a evolução do barril antes de fazer alterações em seus preços. A crise pode ser mais um fator contra a recuperação da indústria no país. Nos seis primeiros meses do ano a produção industrial encolheu 1,6%, segundo o IBGE.

Para a Abiquim, que reúne empresas químicas, cerca de 40% dos produtos do setor são afetados diretamente pela cotação do petróleo.

— Há preocupação, pois não sabemos qual será a evolução dos preços — diz Fatima Ferreira, diretora da Abiquim.

No caso do gás natural, o contrato é reajustado de forma trimestral e leva em conta os preços médios dos seis meses anteriores, segundo a consultoria Gas Energy.

Segundo Lucien Belmonte, superintendente da Abividro, que representa fabricantes de vidro, o gás natural representa 25% do custo da indústria:

— No Brasil, as distribuidoras de gás transferem imediatamente o custo, exceto em São Paulo, que precisa fazer reajustes extraordinários com alta maior que a prevista.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, o combustível representa 32% dos custos dos aviões. Qualquer alteração impacta os custos das companhias e pode chegar às passagens:

— Ainda não tempos reflexo do impacto nos preços do combustível, mas acompanhamos com preocupação.

O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, disse que as siderúrgicas vêm otimizando suas atividades para tentar reduzir a dependência do transporte rodoviário em suas cargas, diante de uma possível alta dos combustíveis:

— É uma prova de fogo porque o país tem matriz essencialmente no modal rodoviário.

Empresas e profissionais devem estar preparados:

Não fiquem de fora dos empregos, e negócios.

Conheça, e qualifique-se com nossos treinamentos, clicando aqui.

Fonte: O Globo