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Petroleiras estimam demanda de mais de 1,2 mil poços até 2023


Petroleiras estimam demanda de mais de 1,2 mil poços até 2023 Petroleiras estimam demanda de mais de 1,2 mil poços até 2023

Levantamento da ANP aponta que, se executados, planos podem movimentar mais de R$ 320 bilhões

Os planos de investimentos das operadoras com blocos exploratórios e campos de produção contratados no Brasil preveem a perfuração de 818 poços em terra e 393 poços marítimos entre 2019 e 2023. Os dados passaram a ser publicados pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP) na semana passada.

Se realizados, os aportes em poços de exploração são da ordem de R$ 3,2 bilhões em 2019 e totalizam mais de R$ 130 bilhões em perfuração e completação até 2023, quando incluídos os projetos de produção. O total estimado para o período é de R$ 326 bilhões, com todos os investimentos em plataformas, sistemas de coleta e outras despesas.

O levantamento da agência leva em conta os programas de investimento plurianual enviados, obrigatoriamente, pelas petroleiras e os compromissos firmados nos contratos de exploração.

As estimativas, portanto, estão sujeitas a alterações. O adiamento de uma plataforma de produção, a gestão de contratos de sonda e serviços de poços, por exemplo, podem deslocar o cronograma dos projetos em desenvolvimento.

No caso dos ativos na fase de exploração, há projetos em que os investimentos superam as obrigações mínimas previstas nos contratos, mas os cronogramas podem ser afetados por problemas de licenciamento, para citar um motivo.

Novos poços

Para 2019, a previsão é que sejam perfurados 169 poços em terra e 78 no mar. Até a primeira semana de setembro, contudo, foram perfurados apenas 80 onshore e 24 offshore.

O levantamento da ANP prevê a perfuração de 16 poços de exploração no mar e 23 em terra. Até setembro, foram iniciados cinco no mar e 11 em terra. Apenas Equinor, Petrobras e Shell estão explorando no offshore brasileiro.

A Equinor está com a campanha em Carcará e Shell, no Sul de Gato do Mato, projetos no pré-sal da Bacia de Santos. Petrobras retomou o projeto em águas profundas da Bacia de Sergipe, onde busca um sócio para desenvolver reservas gigantes de petróleo e gás natural.

A maior parte da demanda está nos campos, com perfis diferentes: em terra, os trabalhos são, em sua maioria, nos ativos maduros, especialmente da Petrobras, na Bacia Potiguar. São campos que demandam grandes números de poços para manter o patamar de produção.

No mar, a demanda ainda está concentrada no desenvolvimento dos novos campos offshore. Petrobras e Total E&P perfuram em Santos (pré-sal) e Equinor e Shell, em Campos (pós-sal).

No levantamento da ANP, há previsão de entrada em operação de quatro plataformas este ano e mais dez entre 2020 e 2023, que vão demandar os 315 poços que constam na previsão. Este ano, Petrobras iniciou a produção da P-67 (Lula) e P-76 e P-77 (Búzios). Está prevista a P-68 (Berbigão).

Além das novas plataformas, a previsão de poços está associada ao desenvolvimento (ramp-up) de sistemas já instalados, como é o caso do FPSO Cidade de Caraguatatuba, no campo de Lapa, que teve a operação assumida pela Total E&P.

No onshore, pico em 2022

Em terra, a maior campanha de exploração é da Eneva, no Parnaíba, que iniciou cinco poços de exploração este ano. A companhia tem planos de emitir R$ 1 bilhão em debêntures de infraestrutura para investimentos exploratórios e no desenvolvimento de campos de gás natural, integrados à geração de energia, no Maranhão.

Alvopetro e Imetame (Recôncavo), BGM (Espírito Santo) e Rosneft (Solimões) completam a lista de empresas de empresas explorando o onshore brasileiro em 2019.


É impossível cravar que os investimentos previstos serão, de fato, realizados. Como a maior parte da demanda está nas mãos da Petrobras, uma mudança na estratégia da companhia, que regulamente adia projetos e revisa seu plano de investimentos todo ano, tem impacto no mercado total.

Ainda assim, há oportunidades no mercado brasileiro para pulverização de operadores, com projetos ainda não formalizados e, portanto, não capturados nesse levantamento da ANP. É o caso de empresas que compram campos da Petrobras, tanto em mar como em terra, e novos leilões marcados para ocorrer no período.

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Fonte: EP BR