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Setor naval de Niterói em sintonia para gerar empregos e negócios


Setor naval de Niterói em sintonia para gerar empregos e negócios Setor naval de Niterói

O desenvolvimento das indústrias naval e petrolífera no Leste Fluminense ganhou ânimo novo. A Petrobras assinou na semana passada uma parceria com a empresa norueguesa Equinor para escoamento do gás natural pelo Comperj , enquanto a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) anunciou uma soma de forças com prefeituras da região para o reaquecimento da indústria naval. A meta é a criação do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro , reunindo o polo marítimo de Niterói e integrando os setores de óleo e gás, portuário e pesca a fim de gerar empregos e negócios.

A iniciativa do cluster faz parte do Plano de Fortalecimento da Frente Marítima da Niterói , que está sendo desenvolvido pela prefeitura, através da Secretaria municipal de Fazenda e da Agência de Atração de Investimentos Nit-Negócios. Com previsão de ser anunciado no mês que vem, no aniversário da cidade (dia 22), o plano é dividido em cinco grandes projetos.

Parte integrante da estratégia, a dragagem do Canal de São Lourenço, que está em fase de licenciamento, beneficiará o porto de Niterói e todo o setor. Além da dragagem e do cluster, o plano promete tirar do papel o terminal pesqueiro e desenvolver outros dois projetos: um relacionado à cadeia de serviços e outro à área turística.

Parcerias tecnológicas

A secretária municipal de Fazenda, Giovanna Victer, afirmou que pretende elaborar um protocolo de intenções para realização de futuras parcerias técnicas com a Emgepron, principalmente na área de tecnologia, em associação com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

— Hoje em dia o setor naval de Niterói é visto quase como abandonado, sucateado, e já teve um grande potencial de geração de emprego. Nesse momento da cidade não temos como prescindir dessa atividade econômica para retomar a geração de emprego. A frente marítima tem muitos setores além de estaleiros e construção naval, como óleo e gás, turismo, pesca e reparos navais. A Emgepron tem grande especialidade em economia do mar, então começamos uma conversa porque esse plano tem o objetivo de identificar os principais potenciais para gerar emprego e prosperidade no setor — explicou a secretária.

O projeto do Cluster Tecnológico Naval prevê governança e objetivos próprios e tem como focos estratégicos promoção do mercado interno, capacitação e formação, inovação e tecnologia, valorização do mercado local e encadeamento produtivo entre pequenas, médias e grandes empresas. A intenção da Emgepron é mobilizar as sete cidades presentes no entorno da Baía de Guanabara (Rio, Niterói, Magé, Duque de Caxias, São Gonçalo, Guapimirim e Itaboraí), com o Estado do Rio e a União, para criar mecanismos e possibilitar ações em prol do desenvolvimento da indústria naval.

O cluster elaborado pela Emgerpon tem como eixos prioritários o adensamento das cadeias produtivas relacionadas à construção e reparação naval militar e mercante, a geração de estímulos à economia do mar — como venda de cartas náuticas, levantamentos hidrográficos, dragagens, manutenção de embarcações, alienação de meios navais, docagens e perícias — e subsidiar e fortalecer a plataforma de exportações da base industrial de defesa.

Tomada de decisão

De acordo com Giovanna Victer, o lançamento Plano de Fortalecimento da Frente Marítima chega no momento em que os investidores estão tomando decisões de onde vão instalar suas operações dos grandes leilões de óleo e gás que estão sendo feitas nesse segundo semestre.

— Já estamos em contato com esses executivos. Vamos participar nesse mês de um grande evento de energia na Fundação Getúlio Vargas para falar do potencial de Niterói. Estamos falando de investimentos de monta alta e não podemos tratar de forma leviana, criando expectativas em um público que sofreu muito com a redução do percentual da produção local e com frustrações com o Comperj. Temos que ter muita responsabilidade ao criar um ambiente de prosperidade para atrair investidores — concluiu a secretária, acrescentando que ainda é precoce falar em geração de vagas de emprego.

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Fonte: O Globo