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Catering é um dos segmentos de logística que mais movimenta recursos


Catering é um dos segmentos de logística que mais movimenta recursos

A Feira Logística Offshore 2004, a ocorrer de 12 a 14 de maio, no Centro de Convenções de Macaé, servirá de exposição para as empresas que atuam neste vasto segmento, tão essencial para operações no mar. As necessidades para abastecer plataformas e navios no mar do Norte Fluminense são variadas, desde as mais específicas até as básicas e indispensáveis, como o abastecimento de suprimentos para seu corpo técnico. Catering, por exemplo, é um tipo de serviço de logística que movimenta recursos milionários por mês, e mobiliza outras carências de logística, como o transporte, por exemplo, que também envolve milhões de reais mensalmente. Todos os serviços de catering são terceirizados e há cerca de 20 firmas do ramo instaladas em Macaé, motivadas por uma fatia do mercado que pode gerar faturamento médio de mais de R$ 30 milhões por ano.

Se for levada em consideração a quantidade de pessoas que embarca nas unidades marítimas da Bacia de Campos, dá para imaginar o montante de recursos que o segmento movimenta. A Petrobras, por exemplo, tem mais de 100 pontos de consumo, entre plataformas e navios de produção e exploração, com lotação média diária de 200 pessoas por unidade.  Segundo dados da estatal, uma plataforma gasta em torno de R$ 2 milhões por ano com catering, o que pode representar uma despesa de aproximadamente R$ 78 milhões/ano com o setor.

Ao contrário do que muitos pensam, os serviços de catering não estão relacionados apenas com  alimentação; é sinônimo de hotelaria e, em áreas de exploração offshore, significa hotelaria flutuante. E pode ir além. O full catering abrange tudo que diz respeito à alimentação, acomodação, entretenimento, manutenção e limpeza: “Queremos que os trabalhadores das plataformas se sintam como hóspedes de um hotel”, diz Ivan Barros Nunes, um dos diretores da Safos Offshore Catering. A empresa, que tem 850 funcionários, já abocanhou 20% do mercado e fatura atualmente R$ 30 milhões por ano.  Em 2002, a Safos embarcou 860 toneladas de alimentos, 150 toneladas de material de limpeza e 40 mil peças de roupa de cama, mesa e banho. Em sua carteira de clientes estão a Transocean, a Pride, a Stolt, a Subsea 7 e a Petroserv.

O diretor geral da América, José Pedro Cabral, ressalta que a logística é um aspecto fundamental neste negócio e que a falta de um simples produto pode paralisar uma plataforma. “A falha no fornecimento de água ou de papel higiênico, por exemplo, pode afetar a rotina de produção de uma unidade.  Por isso, os embarques de suprimentos são realizados semanalmente e muito bem planejados”, detalha. A América é outra grande empresa do ramo, com 480 funcionários e um faturamento mensal de R$ 1,5 milhão. Pertence ao grupo português Catermar, que está entre as três maiores empresas de catering do mundo, juntamente com a Sodexo e a Eurest/Accor.

A concorrência nesta área de negócios é muito grande e as empresas têm que investir pesado em equipamentos. Todo material é transportado por navios até as plataformas. No entanto, o trecho até o porto de embarque é de responsabilidade da contratada. Para isso são necessários empilhadeiras, caminhões e carretas. Veículos como Kombis e caminhonetes também são utilizados, além de vans para o transporte de pessoal.  A comida e outros produtos são acomodados em containeres com capacidade individual média de quatro toneladas. Cada empresa tem cerca de 70 deles.

Com a abertura do mercado brasileiro petrolífero e o interesse de petroleiras estrangeiras pelas atividades de E&P no país, o segmento se tornará mais incrementado graças à exploração de novas áreas. “Com a exploração destes blocos poderemos triplicar o volume de negócios nos próximos cinco anos e duplicar o nosso faturamento.”, estima Ivan Nunes, da Safos.

Toda esta perspectiva de crescimento fortalece o objetivo da Feira Logística Offshore 2004, a primeira feira de serviços e produtos do setor, onde os interlocutores do mercado de upstream poderão revelar aos clientes toda a sua carteira de fornecimento de bens e serviços. Durante o evento, também será possível discutir novidades, tecnologias e pontos a serem melhorados no Fórum Internacional de Logística. O gerente da Unidade de negócios Bacia de Campos, Plínio César de Melo antecipa um ponto a ser discutido em se tratando de catering. “As empresas ainda necessitam atender melhor às expectativas dos clientes e personalizar o atendimento. Há muito que se avançar”, afirma.

Fonte: FV2 - Comunicação Integrada