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Brasfels demitirá mais 1,5 mil metalúrgicos em Angra


O Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis foi comunicado oficialmente de que o Estaleiro Brasfels demitirá mais 1,5 mil trabalhadores. Integrantes do sindicato participaram na tarde de sexta-feira (29/01) de uma reunião no Ministério do Trabalho, no Rio de Janeiro, na qual foram definidos os critérios para os cortes, que devem começar na semana que vem.

De acordo com o Diretor de Comunicação do sindicato, André Castilho, a princípio será lançado um PDV (Plano de Demissões Voluntárias) e em seguida começarão as demissões de funcionários “menos comprometidos”.

– Será analisado o histórico do funcionário. A empresa vai identificar aqueles que não estão comprometidos com a causa. É uma notícia ruim, mas não há outra alternativa diante da falta de demanda pelo trabalho que é oferecido no estaleiro – disse.

Em novembro de 2015 o Estaleiro Brasfels já havia demitido dois mil metalúrgicos. A motivação das dispensas é a mesma de agora: o estaleiro está sem receber os pagamentos devidos pela Sete Brasil. O sindicato afirma que o calote vem desde outubro de 2014. No ano passado, a Sete Brasil informou que dependia da aprovação de um plano de reestruturação para regularizar o cronograma de pagamentos. “A crise na Sete Brasil não vai ser atenuada. Aguardamos até mesmo que a Sete Brasil entre em recuperação judicial”, afirmou Castilho.

Os metalúrgicos trabalhavam na construção de quatro das seis sondas de perfuração encomendadas ao estaleiro, localizado em Angra dos Reis. Atualmente o estaleiro emprega 5,3 mil pessoas e deve ficar com algo em torno de quatro mil, pois o sindicato tentará segurar 300 trabalhadores da leva de demissões já anunciadas.

As dificuldades financeiras da Sete Brasil começaram depois que o nome do estaleiro foi envolvido nas denúncias da Operação Lava Jato do Ministério Público do Paraná, em parceria com a Polícia Federal. A Brasfels voltou a afirmar que vem arcando com os custos da folha de pagamento dos empregados, mas que a partir de agora a situação ficou insustentável.

Fonte: Angra News