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Greve de petroleiros atinge plataformas e terminais no ES


Algumas plataformas reduziram consideravelmente a produção diária.
Greve é nacional e começou no domingo (01/11).

Cerca de 800 petroleiros que atuam no Espírito Santo aderiram a uma greve nacional que teve início na tarde deste domingo (1). No Espírito Santo, o movimento afeta as plataformas P-57 e a P-58, da Petrobras, a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares; o Terminal de Barra do Riacho, em Aracruz e o Terminal Aquaviário de Vitória (TAVIT). A Petrobras disse que está tentando manter a produção e o abastecimento do mercado.

A greve acontece também em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Salvador e Manaus.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro), a P- 58, segunda maior produtora de petróleo do País com 120 mil barris dia, reduziu em 50% a produção. Com a paralisação desta unidade, o impacto se dá em toda a cadeira produção de petróleo e gás.

Ainda segundo o Sindipetro, no Terminal Aquaviário de Vitória, TAVIT, nenhuma operação está sendo realizada. Não há contingência e os trabalhadores aguardam a chegada da equipe para entregar a operação da Unidade.

No Terminal de Barra do Riacho, em Aracruz, houve troca de turno - foi suspenso o recebimento de gás da UTGC - unidade de tratamento de gás de Cacimbas em Linhares e o navio que atracado no TABR não será operado.

Pauta
A principal pauta de reivindicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) é o fim do plano de venda de ativos da Petrobras. No mês passado, a empresa anunciou a venda de 49% da subsidiária de distribuição de gás natural, a Gaspetro, para a japonesa Mitsui e ainda busca sócio para a BR Distribuidora.

A categoria alega que os cortes feitos pela Petrobras vão resultar em milhares de demissões. "Se os cortes na Petrobrás continuarem, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixem de ser gerados até 2019. Só na indústria naval, 15 mil metalúrgicos foram desempregados no primeiro semestre do ano" afirma o sindicato.

Petrobras
Por meio de nota, a Petrobras informou que está avaliando os impactos das mobilizações dos sindicatos. As equipes de contingência da empresa foram acionadas e estão operando em algumas unidades. Em alguns locais, estão ocorrendo bloqueios de acessos, cortes de rendição de turno e ocupação.

A companhia também disse que está tomando todas as medidas necessárias para manter a produção e o abastecimento do mercado, garantindo a segurança dos trabalhadores e das instalações.

Fonte: Globo