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ANP diz que preço do petróleo influenciou resultado de leilão


A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse na quarta-feira (07/10) que as expectativas para a 13ª rodada de licitações eram modestas, e não as mesmas da rodada anterior. Segundo a ANP, 14% dos blocos oferecidos foram arrematados, resultado que, para a agência, teve influência do preço do barril de petróleo, que nos últimos meses está próximo de US$ 50.

"Temos a convicção muito grande de que o atual nível do preço do petróleo impacta decisivamente", disse a diretora da ANP. De acordo com Magda, o resultado fiscal das empresas é impactado pelo preço mais baixo da commodity, o que faz com que fiquem mais conservadoras em relação aos investimentos. Commodities são produtos primários com cotação internacional.

Magda Chambriard considerou ainda a possibilidade de grandes empresas terem ficado fora do leilão por causa da ausência da Petrobras. "A Petrobras é, e tem sido, a grande locomotiva da exploração e produção do petróleo no país. Em todas as rodadas, se a gente olha para trás, as empresas estrangeiras querem e pleiteiam a parceria com a Petrobras, de forma que essa pode ter sido, sim, uma das razões para as grandes petroleiras não terem entrado", afirmou. "Mas isso temos que perguntar para elas", acrescentou.

Sobre questionamentos das empresas a respeito de questões regulatórias, a diretora-geral da ANP disse que é preciso analisar, mas ressaltou que algumas questões apareceram muito recentemente e não foram apresentadas quando era possível fazê-lo em consultas públicas.

Ela destacou que, no leilão, o protagonismo foi de empresas brasileiras – foram 11 vencedoras nacionais e seis estrangeiras. Outro fato citado por Magda foi a procura pela Bacia de Parnaíba.

"Começa a surgir a Bacia de Parnaíba como a principal nova fronteira terrestre, reforçando a ideia da busca por gás natural não associado em terra. Considerei esse resultado extremamente vantajoso", afirmou. Magda considerou positiva também a participação de pequenas e médias empresas. (ABr)

Fonte: Jornal do Commercio