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O porto de Santos atende à maior bacia sedimentar offshore do Brasil


Com a descoberta das reservas de petróleo na camada do pré-sal na Bacia de Santos, a Petrobras e outras companhias petrolíferas intensificaram suas ações na região. Isso significou instalar na costa diversas plataformas offshore (afastadas do litoral). Porém, para operá-las, essas empresas precisam de áreas em terra para o embarque e o desembarque de peças, resíduos, água e óleo vindos ou levados desses terminais marítimos. Essas atividades acabaram ocorrendo no Porto de Santos, que, com isso, ampliou seu portfólio de serviços, tornando-se um ponto de apoio a plataformas.

O maior complexo marítimo do Brasil começou, então, a atender à maior bacia sedimentar offshore do País,  que tem uma área total de mais de 350 mil quilômetros quadrados, que se estende de Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC). Dessa camada, são retirados petróleo e gás natural.

As áreas utilizadas pelas companhias petrolíferas no Porto não são arrendadas por elas ou de sua propriedade. Tratam-se de espaços alugados, um serviço prestado pelos terminais do cais santista, que passam a atuar, indiretamente, como bases de apoio.

Essas atividades já foram realizadas pela Bandeirantes Logística, que funciona na região de Outeirinhos, na Margem Direita do complexo, e, nos últimos anos, pelo Ecoporto Santos, no Cais do Valongo, também na Margem Direita. Esses serviços incluem, basicamente, o atendimento aos supply boats, as embarcações de suprimentos que servem as plataformas, levando equipamentos e mantimentos e trazendo resíduos.

O Porto tem ainda outra instalação que atende à cadeia de petróleo e gás. Trata-se do terminal da Saipem, localizado na entrada do canal de navegação, no Complexo Industrial Naval de Guarujá, e que atua principalmente na montagem de tubulações das plataformas.

Mas a Petrobras pretende ter uma área fixa no Porto – pontualmente, dois berços de atracação a serem alugados de terminais da região. Eles formariam sua base offshore local, desafogando as operações deste tipo em outros complexos marítimos. Essa futura unidade trabalharia 24 horas, sete dias por semana.

A licitação para a contratação desses berços chegou a ser aberta no ano passado, mas fracassou. Apenas a Bandeirantes Logística concorreu no certame, mas apresentou um preço incompatível com aquele estimado pela estatal, que acabou cancelando a disputa.

Originalmente, a petrolífera planejava iniciar as operações em pelo menos um dos dois berços contratados no próximo semestre. Agora, a expectativa é que os trabalhos tenham início apenas no próximo ano.

Fonte: Portos e Navios